Poesia e Arte na Escola - Integração

Com três poemas, a Escola Integração estréia nesse espaço digital. Cada um deles expressa uma visão de mundo permeada de desejos e sentimentos. São visões adolescentes, das quais flui o idealismo característico e tão necessário dessa fase de buscas e realizações. Parabéns!

O texto “Escola, Arte, Poesia” de Bruna Silva Magnaboschi procura extrair do simples fato de viver, elementos que, por si mesmos, se traduzem em arte e poesia. Arte e Poesia, na visão da autora, não se fazem ou se expressam apenas no domínio da plástica e da estética, mas também no caráter subjetivo de cada pessoa, em seus sentimentos e desejos de conhecer. Assim, faz da vida um poema: “... poesia é amor, é dor, é tristeza, é alegria, é arte”. E nas palavras de Ivone Carvalho:
“Poesia é arte. E, como toda Arte, exige tonalidade, cor, brilho, criatividade, o artista e o admirador. Mas, acima de tudo, a alma de quem cria e de quem olha e enxerga!”

O poema “Vida de Gaivota” de Sarita Sgobi Martins contrapõe a vida rude e o trabalho duro de pescadores adultos com a leveza das crianças, despreocupadas em seus folguedos e brincadeiras. Porém, na última estrofe do poema, emerge a consciência do efêmero e da fragilidade de um momento que parece ser eterno: “ ... é como cambalhota, passa rapidão ...”. A autora quase sugere: - Mas que importa, Carpe Diem! Colha o dia! Aproveite o momento!
Percebemos esse mesmo tema em um trecho da obra “Marília de Dirceu” de Tomás Antônio Gonzaga:
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde já vêm frias,
e pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! não, minha Marília,
aproveite o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças,
e ao semblante a graça!

Já o poema “O amor” de Vanessa Balestrini Gambeta e Gabriela Roza Soldera é revestido do Ideal Romântico do século XIX. O amor é evocado na sua forma mais singela e pura, independentemente das reais circunstâncias vivenciadas no momento. Este não é apenas presente em tudo, mas é eterno ... eterno não apenas enquanto dure, mas para sempre. Se não for assim, não é amor. Há uma nítida concordância com o trecho bíblico extraído do livro de I Coríntios, capítulo 13:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.
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Alberto Alves Maia
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Bruna Silva Magnaboschi - 7ª D (Jesus, eu te amo)

Escola, Arte, Poesia

Arte, Poesia.
Arte não é só realizar,
É sentir,
É gostar,
É explorar,
É imaginar,
É relaxar.

Arte, Poesia.
Poesia não é só escrever,
É refletir, é entender,
É amor,
É dor,
É tristeza,
É alegria,
É Arte.

Arte, Poesia.
Na escola,
Tudo se completa,
Tudo se imagina,
Tudo se explora,
Tudo se reflete,
Tudo se faz Poesia,
Tudo se faz Arte.
Bruna Silva Magnaboschi - 7ª D

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Sarita Sgobi Martins - 8ª B

Vida de gaivota

O sol naquela manhã estava radiante.
Os meus passos lentos corriam contra o vento.
Olhei para trás e ouvi gritos distantes.

Manhã calma, concordo...
Jangadas a bordo...
Uma sexta como sempre.

Podíamos ver peixinhos saltando na água,
Passarinhos voando em alta altitude.
Só não imaginávamos a natureza e sua plenitude.

Movimentação imensa, presente...
As águas claras, reluzentes...
Um dia como sempre!

Com um leve toque, a rede no mar caiu.
Pescadores de longa data sentiram a movimentação.
Os peixes naquele dia se reuniram e sumiram.

Rostos aflitos...
Do outro lado alegres...
E à diversão entregue...

A bola no ar estava, crianças felizes brincavam.
O dia, porém, para nós ainda estava começando.
Enquanto para os velhos pescadores já estava terminando.

A pesca nada rendeu...
Tantos peixes fugiram...
E no almoço, nada de peixe se comeu...

Meu almoço estava garantido desde cedo.
O meu peixinho temperado estava na frigideira.
Onde eu nem precisava passar pela peneira.

O sol se escondeu...
A lua apareceu...
O dia, de repente, escureceu...

As folhas do coqueiro balançavam com o vento.
Com a brisa em meu rosto, subi para a minha cama.
Vida boa, cama feita; o que resta é dormir.

Vida de gaivota,
É como uma cambalhota!
Passa rapidão,
Mas sem ter preocupação.

Sarita Sgobi Martins - 8ª B

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Vanessa Balestrini Gambeta e Gabriela Roza Soldera
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O amor
.
O amor é um sentimento profundo,
Uma coisa inexplicável,
Uma caixinha de surpresas.

O amor está presente em tudo ...
Em tudo o que imaginamos ...
Em cada gesto,
Em cada beijo, em cada abraço, ...
Em cada carinho,
Em cada afeto.

Todo amor é eterno,
Se não for eterno, não é amor.
Vanessa Balestrini Gambeta e Gabriela Roza Soldera